Origem do Débito e Crédito

No final do século XIV, o Papa Leão X delegou ao Frei Lucca Paccioli, um matemático, o controle financeiro de um convento numa cidade da Itália. O Frei precisava demonstrar para o Papa a origem dos recursos e suas destinações, então para cada movimentação financeira ele tinha que apresentar dois registros: o de onde veio (origem dos recursos) e para onde foi (aplicação, destino dos recursos), daí o termo Partidas Dobradas.


A premissa básica das partidas dobradas, conforme mencionado, é que para toda transação contábil há no mínimo dois registros (origens e destinos). Esses registros são denominados de Débito e Crédito e funcionam como as ações contábeis, uma vez que o ato de debitar e creditar alteram os saldos das contas e, consequentemente, geram as variações patrimoniais.



Portanto, debitar e creditar são os verbos da Contabilidade. Todas as transações contábeis que ocorrem são registradas utilizando esses dois verbos.


A natureza dos grupos de contas gera ao iniciante desse estudo alguma confusão, pois pode-se questionar o seguinte: “se ativo são os bens e direitos que uma empresa possui, como isso pode ser um débito?”. Essa dúvida surge porque somos acostumados a pensar que débito é estar em falta com algo, ou seja é uma coisa negativa, mas em Contabilidade não é bem assim, veja a origem das palavras:

. Débito: do latim “debes” = devido a mim (pertence a mim);
. Crédito: do latim “credo” = confiança, crença.

Portanto, a palavra débito significa devido a mim, logo o Ativo é de natureza devedora, pois os bens e direitos pertencem à empresa, ou seja são devidos a ela.


A palavra crédito significa confiança, portanto quem vende a prazo tem confiança na empresa, ou seja, acredita que ela vai pagar a divida e, conforme já visto, as dívidas e obrigações são lançadas no Passivo, daí esse grupo ser de natureza credora. O mesmo ocorre com o Patrimônio Líquido, pois o investidor (proprietário) colocou recursos na empresa, acreditou nela.

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